Não chega a ser uma novidade que Predador é uma franquia que vinha passando por altos & baixos (especialmente baixos) desde o clássico estrelado pelo grande Arnold Schwarzenegger. E não seria exagero dizer que 'Prey' era o cenário de 'vai ou racha' para a mesma....e felizmente, os envolvidos tinham ciência disso.
A direção de Dan Trachtenberg entrega um clima de fato tenso envolvendo o Predador, no estilo que todo fã da série espera. Uma criatura que parece imparável, ainda mais diante de um cenário ainda menos tecnológico para o lado humano da história, na forma de Naru (Amber Midthunder), e a trilha sonora acertada, também tem um grande papel nisso. Como, afinal, uma indÃgena teria alguma chance contra ele? Alguns já apontariam o de sempre, por falta de uma argumentação melhor (nem deve saber que o perÃodo Comanche já foi explorado na franquia em quadrinhos), mas assim como no filme original, a resposta é de fato inteligência. O Predador nunca deixa de ser uma ameaça real (e eu diria que aqui é até ressaltado isso), pela forma como algumas de suas vÃtimas humanas, o subestimam, até pagarem um preço caro por isso. Midthunder convence com seu protagonismo, e sua personagem de fato aprender a sobreviver a seu adversário, comendo o pão que ele amassa, para só então ter seu derradeiro confronto. Aliás, até pelo contexto histórico, tudo é tão brutal como poderia, e deveria ser, e ver o Predador fazendo uma verdadeira chacina, é sensacional.
Em outras palavras, 'A Caçada' não é só um ótimo filme, como sem dúvidas o melhor da série desde o original, ainda que também não fosse uma missão muito difÃcil. Uma nova tentativa, dessa vez honesta, e que consegue de fato dar ares novos a franquia, ao abrir novos cenários. Afinal, quantos outros cenários históricos esse caçador de crânios já não pode ter visitado?