O documentário é muito interessante, mas está longe de ser imparcial e perfeito. Não sou especialista em nada. E falando somente como espectadora, me parece que o Marcos e a Eliza se aproximaram por serem bastante desequilibrados emocionalmente, talvez até pela psicopatia. Vamos combinar que eles eram bem parecidos e parece que viviam um relação de caça e caçador. Tenho impressão de que a Elize sabia do que ele era capaz e realmente o matou com medo que ele a matasse antes. Talvez ela quisesse sair da relação mas ele a ameaçava a vida. O homem abusivo trai mas quer a mulher dele ali como uma propriedade dele. Ele era rico e dinheiro garante impunidade no nosso paÃs. Muitas vezes pra mulher, sair do relacionamento com um homem abusivo é tão perigoso quanto ficar. Essa é a realidade da nossa sociedade. Quando o homem tem poder econômico, além da superioridade social e fÃsica, fica mais difÃcil ainda. Mas pode ser nada disso e ela estar contando uma versão criada por ela. Sem ser machista ou femista, só o que podemos fazer é especular pq a vdd só ela sabe. Por medo e desespero uma pessoa comum é capaz de matar sim, mas o fato dela ter esquartejado o homem a põe em outro patamar de frieza, de psicopatia mesmo, e muda completamente o cenário. O documentário traz muitos questionamentos importantes sobre machismo enraizado, diferenças de classes, psicologia, abusos, legislação brasileira e acerta muito nesse aspecto. Uma pessoa que me chamou muito a atenção foi a tia dela, que no meio de uma história que mostra a realidade da profundidade de escuridão que a alma humana pode chegar, se mostra um ser humano de muita luz, equilibrado e pacÃfico, que tenta dentro das possibilidades dela sempre ser o lugar de segurança da sobrinha. Uma verdadeira anja da guarda encarnada.