Caio Henrique de Souza Santos

Que lixo, isso não faz sentido nenhum. Quantas pessoas inocentes ela matou e ainda é a protagonista?

A tolice do politicamente correndo finalmente está começando a tolher a força e o ímpeto narrativos. São seres milenares que nada têm de sabedoria, astúcia ou inteligência, mas diálogos rasos, motivações tolas e frivolas claramente voltadas para um público infanto-juvenil. Os Eternos são a parte solene e grandiosa do universo Marvel, similares a Liga da Justiça das séries Justiça e Reino do Amanhã, estabelecidas principalmente pela arte de Alex Ross. Enfim, mais um filminho de entretenimento barato de $ 200 milhões de dólares. Quando penso nisso, penso que pelo menos serviu pra gerar empregos.

Único e terrível, politicamente incorreto, moralmente demente, certamente não é algo pra se assistir esperando finais felizes e mensagens de paz e amor e fraternidade. Não digo que é por isso, talvez apesar disso, mas ainda assim é o cartoon mais engraçado que já assisti desde as primeiras temporadas de Os Simpsons.

O melhor mangá, um dos melhores animes de todos os tempos!

Inusitadamente um dos melhores filmes "Buddy Cop" que já vi, desde o humor ácido até a premissa habitual de se enfrentar o sistema e fazer o que é certo com as próprias mãos. Imaginem um Máquina Mortífera com dois atores bons no papel central.

Transformaram personagens épicos, complexos e cativantes em párias agrilhoadas à jargões e atitudes infantis à fim de ganhar audiência do público juvenil. A história foi dissecada e transformada em algo tolo, quase sem sentido e repleta de falhas, incongruências e erros de produção desleixada, transformando-se numa obra repleta de violência gratuita e sexo e nus igualmente gratuitos. A profundidade da disputa épica entre seres divinos através de seus peões mortais, o messianismo, destino, a escolha entre o bem e o mal, tudo é reduzido a uma fração do que você encontra nos livros, ou encontraria num Game of Thrones que realmente buscasse tornar-se um marco na história do entretenimento ao invés de acumular Emmys. Só agrada mesmo quem não está acostumado a roteiros complexos; quem adora os filmetes da Marvel ou assistiu a Gladiador pelas cenas de "lutinha", por exemplo, certamente irá adorar Game of Thrones.

Não é tão sombrio quanto a primeira encarnação da série, Scooby-Doo Cadê Você?!, mas é a mais próxima já feita até hoje. Um baixo orçamento e escritores sem muito talento infelizmente tolhem boa parte da série e a torna enfadonha para aqueles que esperavam que ela fosse uma extensão dos filmes formidáveis dos anos 90, Scooby-Doo e o Fantasma da Bruxa e Scooby-Doo e a Ilha dos Zumbis, mas não é. Ainda assim, recomendo enfaticamente.