Trata-se de filme que retrata uma época que deveria ser lembrada pela sociedade em geral, a saber, o inÃcio da era industrial.
Mostra-se como os operários fabris da virada dos séculos XIX para o XX - que seriam chamados de proletários por Marx - eram explorados a nÃveis sub-humanos nas fábricas.
Crianças de 5 anos trabalhando recolhendo restos de algodão e tecido reaproveitáveis debaixo dos teares - inclusive em perÃodos noturnos - morrendo esmagadas pelas máquinas, por adormecerem de cansaço sob elas.
Mulheres sendo exploradas, inclusive sexualmente, por capatazes.
Banheiros coletivos, compartilhados por homens e mulheres ao mesmo tempo, sem qualquer saneamento e representando um dos poucos momentos de "folga" dos trabalhadores.
O decantado "Estado MÃnimo" atuando em nome da "igualdade" que, na prática, era sinônimo de contribuir para os interesses econômicos e de mercado.
Para muitos, hoje em dia, será considerado não um filme que retrata um momento especÃfico da história (até porque, baseado em fatos reais), mas um filme "comunista", que visa demonizar o livre mercado e coisas assim.
Mas é uma obra crÃtica, que deveria servir de alerta no retrovisor da história.