Marileia Ferreira

O Filme Miss Potter nos desperta o que há de mais sagrado na vida: o direito de sonhar e concretizar sonhos. Com uma beleza encantadora, o filme nos conta a história de Beatrix, uma linda criança e jovem apaixonada por histórias e pintura de bichos vestidos com roupas e acessórios humanos. O entrave na vida de Beatrix Potter é sua mãe, terminantemente, contra o dom de escritora e pintora de sua filha. Para a mãe, só existia um destino feliz para Beatrix: ser educada para casar-se. Contrariando sua mãe e o contexto do início do século XX, em Londres, a garota se torna uma jovem determinada, satisfeita com a realização do seu sonho de ser escritora de histórias infantis, ilustradas com pinturas que conversam com a gente, nos fazendo sorrir com a beleza e toque de realidade daqueles bichos. Miss Potter enfrenta o luto pela perda do seu noivo, vivendo cada etapa, sem pular a fase do choro, da tristeza como ser humano que se vê sozinha quando estava prestes a se casar com o dono da editora e responsável pela edição do primeiro e de outros livros de sua amada. Os dois se amam. É o amor correspondido, que se opõe a padrões sociais pré-estabelecidos. Ao sabermos que o filme é baseado na história real de Beatrix, o choro e a alegria se descontrolam durante o enredo, e a gente ri e chora de alegria e de tristeza, junto com Miss Potter até ela superar a perda do seu amor e dar prosseguimento a sua vida.