Lilian Bastos

Na maior parte da série, nem parece uma pessoa que deliberadamente cometeu fraudes por ganância e ambição custe o que custar, mas uma menina com um sonho. Mesmo no momento em que testes são desenvolvidos com pacientes terminais de câncer envolvendo um produto que se sabe ineficaz, ainda assim é uma Elizabeth quase sem dominar completamente o que estaria acontecendo. Ao longo da maioria dos episódios, demissões sem piedade, perseguições aos funcionários e coisas dessa natureza ocorrem sem mostrar a Elizabeth (que isso possa ter ocorrido para os funcionários, é bastante plausível, mas mesmo o espectador passa a maior parte da série sem acesso a essa versão dela). Em muitos diálogos, a série se esforça para contribuir com a imagem de que ela era uma menina com pais ruins etc, nem parece que estão retratando alguém que conseguiu (e consegue) manipular gente poderosíssima sem dó, usando todos os meios necessários. E mesmo os investidores são quase infantilizados. A atuação da Amanda seyfried foi ótima. É envolvente, mas se arrasta muito e a seleção de música pop ao longo da série é, no mínimo, infeliz.