Vai perdoar
A leitura deste livro desperta a alegria de uma rapidinha. De uma sentada. Ou duas. Ou três.
Como sou leitor comum, amante da música Evidências e não crítico de literatura, a leitura me encantou e, o mais importante, deu prazer.
E o prazer de ler ganhei de presente de aniversário. O recém-exumado livrinho de Garcia Márquez, Em Agosto nos Vemos, havia recebido a sentença de morte do seu criador: não presta.
Pra mim prestou, e li como quem ouve Odair José ou vê soft porn embalado ao som de Tchaikovsky, Grieg, Dvorak .
E me deliciei com frases dizendo assim: no segundo gole ela sentiu que o brandy tinha encontrado com o gim em alguma parte do seu coração e precisou se concentrar para não perder a cabeça.
Esculhambaram o livro e eu me encantei. No prefácio, os filhos confiam que o pai irá perdoá-los pela traição caso os leitores celebrem o livro.
Eu celebro. Por mim, o perdão está encaminhado.